quarta-feira, 31 de julho de 2013



"Ah, eu insisto tanto nisso! Não sei como alguém consegue fechar a janela sem observar os tons do céu. Eu adoro quando é fim de tarde e as nuvens ficam meio rosadas, acho lindo. 
Me dá uma paz grande, daquelas que chegam metendo o pé na porta do coração, sem bater nem nada. A paz chega e se instala como se fosse de casa há tempos. 
É aí que eu vejo claramente: tem gente que desaprendeu a enxergar." 

Clarissa Corrêa.


segunda-feira, 29 de julho de 2013

JMJ

A Jornada Mundial da Juventude cumpriu com os seus objetivos maiores. Há, porém, outros ganhos que não puderam ser vistos pela grande maioria das gentes.
Foi interessante ver nas ruas e comunidades a verdadeira revolução que se processava diante de nossos olhos espirituais.
Bastou ver a imensa turba de espíritos trazidos para o evento. O que se viu foi um fenômeno extraordinário. Ao se deparar com tamanha alegria e entusiasmo, milhares de irmãos fora da carne eram acolhidos por equipes de socorro e refazimento espiritual.
Bêbados, ladrões, envolvidos em drogas que estavam nas ruas a incentivar a ação daqueles que lhe davam sintonia foram arrastados por uma verdadeira corrente de fluidos saudáveis de energias confortantes.
O bem que se pode vislumbrar é incomensurável, meus irmãos. Comprova-se, então, o quanto faz bem fazer o bem. O quanto temos que fazer a nossa parte para que os dois lados da existência possam ser renovados.
Agradeço, profundamente, ao Pai, por fazer parte destas equipes de socorro. Creiam, o ambiente espiritual do meu Rio de Janeiro está bem mais leve e o incrível impacto que terá nos dias subsequentes, pois o “mal” foi literalmente desorganizado e varrido de muitos lugares, dando oportunidade de se instalar definitivamente vários núcleos de paz espiritual.
Meus queridos irmãos, cantemos juntos em agradecimento a Deus pelas bênçãos trazidas pela Jornada Mundial da Juventude.
Abramos os nossos corações para não mais permitir abusos e negligências no mal. Somos todos responsáveis.
Um abraço,
Helder Camara

 




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domingo, 7 de julho de 2013

David Coimbra - via zh online

— Será que a Banca do Holandês se foi? - indagou um homem de bigode, de uns 40 anos de idade, sem se dirigir a ninguém em especial: deixou a pergunta no ar, e um outro homem, baixinho, com fones de ouvido, tomou-a e respondeu:
— Na Gaúcha está dando que as bancas do centro não foram atingidas.
— Ainda bem — tornou o de bigode. — Eu adoro a linguiça de Gramado.
O que teria sido feito das linguiças de Gramado? E do pão de aipim? E dos tonéis com erva mate da boa? Os antigos gibis do Tex Willer e do Fantasma decerto que se queimaram. No Gambrinus há uma parede que o velho Antônio Dias de Melo fez questão de preservar na última reforma. É uma parede antiga, do século 19, que sobreviveu até ao incêndio de 1912, e nela está pintado Gambrinus, o deus da cerveja. Bem ao lado está pendurada a cadeira em que uma noite sentou-se o Chico Viola, o grande Francisco Alves. Será que ainda restam intactas a cadeira do Chico Viola e a gravura do deus da cerveja? E na loja contígua, no Bar Naval, onde Lupicínio ia bater caixinha de fósforo, será que houve perdas no Bar Naval? E aquelas bancas de venda de peixe que fremem na Semana Santa, ainda estarão de pé? E o café da mokinha? E as bancas de frios em que até a Deborah Secco se deliciou, quando morou em Porto Alegre?

Eram essas as dúvidas da população. Dúvidas que mexiam com suas referências sentimentais, que mexiam com suas lembranças. Com suas vidas, enfim. Ficaram ali, especulando, homens e mulheres, até que, vencida a barreira da meia-noite, uma chuva caudalosa desabou do negro do céu, ajudando o trabalho dos bombeiros e mandando os populares para casa. Foram-se, rapidamente, provavelmente sentindo que um pouco da história deles todos, de todos os porto-alegrenses, não passava, agora, de cinzas. Cinzas e dor.

sábado, 6 de julho de 2013

Textos do espírito Helder Camara

É a nossa juventude, em sua maioria, sendo despertada para sua realidade social. Que maravilha ver uma manifestação pacífica, sem ódios, e cheia de patriotismo, cheia de nacionalismo, não aquele radical, mas de amor ao seu País.

É muito bom ver a juventude novamente nas ruas, andava com saudade disso. Os jovens estavam enfurnados em boates, dispersos, mas agora não, eles estão juntos a reivindicar melhores dias para toda a gente.

Ah! Que maravilha ver a cara dos políticos do País com tudo isso que está acontecendo. Eles estão atônitos sem saber o que fazer e o que dizer. Sabem que não cumpriram o seu dever moral de representar bem o povo e é, por isso, que a população está pegando de volta o mandato que lhes concedeu.

É claro que tudo isso precisa de um freio de arrumação. Não é possível mais ver tanto descaso com o dinheiro público. Não se pode ver mais tanto sofrimento de nosso povo sem condições de viver com dignidade.

Isto é tudo um começo.
Eu disse que o mundo vai mudar, vai mudar, vai mudar...mas poucos estavam prestando atenção e olha aí uma amostra do que virá. O mundo vai virar de ponta cabeça, não é assim que se diz?

As velhas estruturas estão por demais ultrapassadas e exigem renovação imediata. Eu aqui já arrumei as minhas tralhas mentais e joguei fora e você o que está fazendo com o lixo mental que ainda inferniza a sua mente?

Quando cito estas coisas eu falo das ideias novas que devemos colocar neste novo mundo que se inicia. Não é simplesmente uma reciclagem de ideias, é uma completa varredura no que fazíamos para colocar algo absolutamente novo, inédito.

As novas ideias que falo diz respeito ao novo mundo que se constrói. No caso da política, a democracia ativa é uma novidade que veio para chegar e não é somente aqui no Brasil. Na Europa já se respira esta nova realidade há bastante tempo e não vai parar por aí.

Os políticos, meus amigos, terão que ser representantes, de fato, do povo, mas o povo terá mais condições de mudá-los e não apenas esperarão por quatro, cinco, seis anos, o que seja, até porque o povo irá monitorar as ações dos seus representantes 24 horas e se sair do que a maioria pensa os tirarão imediatamente.

Democracia ativa representa um novo conceito de política para os dias atuais, mas nada diferente daquilo que já se exercitava na velha Grécia de Sócrates e Platão. É o recomeço em novas bases, agora com a ajuda da tecnologia e em dimensões inimagináveis por aqueles filósofos do amanhã.

Muita coisa vai mudar e eu vou monitorá-los de informação do lado de cá da vida. A política é apenas uma face destas mudanças transformacionais.

Não vai parar, não vai parar...

Um abraço,

Helder Camara

Chico Xavier


Esperança